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Resumo:O superávit em transações correntes do Brasil foi de 2,235 bilhões de dólares em junho, maior para o mês da série histórica iniciada pelo Banco Central em janeiro de 1995, com as cont
Por Marcela Ayres e Isabel Versiani
BRASÍLIA (Reuters) - O superávit em transações correntes do Brasil foi de 2,235 bilhões de dólares em junho, maior para o mês da série histórica iniciada pelo Banco Central em janeiro de 1995, com as contas externas ajudadas pelo profundo impacto da crise do coronavírus em viagens internacionais e nas trocas comerciais.
Este seria o quarto dado consecutivo no azul para as transações correntes, mas o BC revisou nesta terça-feira o resultado de março para déficit de 11,1 milhões de dólares, após divulgar inicialmente superávit de 868 milhões de dólares para o período. A mudança refletiu ajuste nos dados da balança comercial. [nL2N2EZ149]
Já os investimentos diretos no país (IDP) alcançaram 4,754 bilhões de dólares em junho.
Em pesquisa da Reuters, a expectativa era de superávit em transações correntes maior, de 3,8 bilhões de dólares, e de um IDP menor, de 3,58 bilhões de dólares.
O país tem obtido superávits nas transações correntes em meio à expressiva diminuição nos déficits nas contas de renda primária e de serviços, abaladas pelo surto de Covid-19.
Dentro da conta de serviços, as despesas líquidas com viagens ao exterior somaram 72 milhões de dólares em junho de 2020, sobre 1,150 bilhão de dólares um ano antes. Já os gastos líquidos com aluguel de equipamentos caíram a 941 milhões de dólares, sobre 1,321 bilhão de dólares em junho do ano passado.
Na renda primária, as remessas de lucros e dividendos recuaram a 1,760 bilhão de dólares, de 2,461 bilhões em junho de 2019.
Também contribuindo para o superávit em transações correntes, a balança comercial ficou no azul em 6,898 bilhões de dólares no mês, contra 4,714 bilhões em junho de 2019, afetada por retração mais forte na ponta das importações que das exportações.
Nos seis primeiros meses do ano, houve déficit em transações correntes de 9,734 bilhões de dólares, expressiva redução ante o rombo de 20,998 bilhões de dólares do mesmo período do ano passado.
Em 12 meses, o déficit em transações correntes caiu a 2,35% do Produto Interno Bruto (PIB), ou 38,188 bilhões de dólares. Para 2020, a expectativa do BC é de déficit em transações correntes de 13,9 bilhões de dólares.
Nesta terça-feira, a autoridade monetária previu que, em julho, deverá haver novo resultado positivo para as transações correntes, desta vez de 500 milhões de dólares.
Para o IDP, o BC projetou entrada líquida de 2 bilhões de dólares no país em julho.
Neste mês até dia 23, o fluxo cambial ficou negativo em 3,733 bilhões de dólares, informou ainda o BC.
INVESTIMENTO EM PORTFÓLIO
Depois de quatro meses de saídas líquidas, os investimentos em portfólio no mercado doméstico brasileiro ficaram positivos em junho em 2,380 bilhões de dólares, sendo 1,948 bilhão de dólares em títulos de dívida e 432 milhões de dólares em ações e fundos de investimento.
Para julho, dados parciais do BC até o dia 23 mostram entrada líquida 247 milhões de dólares em investimentos em carteira.
No primeiro semestre, as saídas líquidas somaram 31,252 bilhões de dólares, pior resultado da série, que tem início em 1995. No período, houve retirada de 19,860 bilhões de dólares em ações e fundos de investimento e de 11,392 bilhões de dólares em títulos de dívida.
Os fluxos de saída foram concentrados no mês de março, quando 22,228 bilhões em investimentos em carteira deixaram o país.
“O que se espera é que, ao longo do tempo, normalizando as condições, a gente possa ter um retorno pelo menos parcial desses recursos ao país”, afirmou o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, a jornalistas. “A gente já teve um retorno parcial em junho, em julho parece que está no zero a zero. Não dá para dizer ainda se esse é um movimento permanente.”
Os dados do BC mostraram ainda que, em julho, empresas de residentes no país regressaram com 2,866 bilhões de dólares de investimentos no exterior. Foi o quarto mês seguido de desinvestimentos, em movimento que está concentrado no setor financeiro, segundo o BC.
De acordo com Rocha, os regressos de recursos refletem mudanças em normas que reduziram o montante de capital regulatório que deve ser mantido no exterior e possivelmente também uma preferência das instituições por reforçar seu capital no país neste momento.
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