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Resumo:O área plantada com soja no Brasil deverá aumentar quase 3% na próxima safra, para um recorde de 38 milhões de hectares, enquanto a produção está projetada também em históricas 127,3 milhões de tonel
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - O área plantada com soja no Brasil deverá aumentar quase 3% na próxima safra, para um recorde de 38 milhões de hectares, enquanto a produção está projetada também em históricas 127,3 milhões de toneladas, com produtores investindo na lavoura diante de preços remuneradores, estimou um analista do Rabobank.
A safra 2020/21, que começa a ser plantada em meados de setembro, pode crescer 5,3% ante a colheita concluída mais cedo neste ano, disse à Reuters o analista Victor Ikeda, que usou dados do governo para fazer a comparação. A projeção foi feita com base em uma linha de tendência de produtividade, explicou ele.
“Um dos pontos que justificariam esse aumento de área é o nível atrativo de preços... vemos uma perspectiva de margens relativamente atrativas ao produtor”, afirmou ele.
Ele acrescentou que, além da taxa de câmbio favorável a negócios com o principal produto de exportação do Brasil, o preço da soja no mercado de Chicago está “ganhando força, flertando com 9 dólares por bushel”, um patamar próximo dos maiores níveis do ano para o primeiro contrato.
Ele destacou que algumas regiões de Mato Grosso, maior produtor brasileiro de soja, estão com margens operacionais de cerca de 40% ou até acima, versus 35% em média nos últimos cinco anos.
Segundo ele, com essas margens, plantar soja passa a ser bem interessante em áreas de pastagens degradadas ou em pastos de pecuária mais extensiva.
“Boa parte desse avanço de área ocorrerá em áreas de pastagem degradada”, destacou ele.
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Ele reconheceu que as margens para o milho de primeira safra, que disputa com a soja em algumas áreas, também estão boas.
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Dessa forma, ele prevê crescimento do plantio de milho primeira safra para algo próximo de 5 milhões de hectares, versus 4,2 milhões de hectares projetados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no último ciclo.
“Dependendo da produtividade, a margem do milho verão fica mais interessante que a da soja”, afirmou ele, ponderando que os produtores, ainda assim, deverão optar pela oleaginosa na maioria das áreas. Isto porque, em boa parte do país, eles têm a possibilidade de cultivar o cereal na segunda safra.
Ele explicou ainda que a margem do milho verão pode ser boa, mas a rentabilidade do produtor fica melhor quando ele planta a soja para o verão e o milho para o inverno.
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