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Resumo:O dólar era negociado sem viés claro contra o real nesta segunda-feira, oscilando entre leves altas e baixas em meio a clima otimista no exterior, mas com ruídos domésticos sobre possível saída
Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar era negociado sem viés claro contra o real nesta segunda-feira, oscilando entre leves altas e baixas em meio a clima otimista no exterior, mas com ruídos domésticos sobre possível saída de Paulo Guedes do Ministério da Economia no radar dos investidores.
Às 10:23, o dólar avançava 0,07%, a 5,4310 reais na venda. Na máxima do dia, o dólar registrou alta de 5,4474 reais, ganho de 0,52%, minutos depois de ter registrado queda de 0,16%, a 5,4098 reais.
Na B3, o dólar futuro subia 0,15%, a 5,4345 reais.
Segundo Fernanda Consorte, estrategista de câmbio do banco Ourinvest, um fator positivo para o real nesta segunda-feira era a notícia de que o banco central da China forneceu mais empréstimos de médio prazo ao sistema financeiro.[L1N2FJ08T]
“Pela madrugada, a China anunciou pacote de estímulo para os bancos, e isso seria bom para moedas emergentes”, explicou. “O que contrabalanceia isso é a discussão do pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos, que já dura semanas e ainda não chegou a um acordo.”
Com o Senado e a Câmara norte-americanos em recesso e sem nenhuma nova negociação programada com os representantes do presidente Donald Trump, as perspectivas de um acordo no Congresso dos Estados Unidos para ajudar os norte-americanos em dificuldades devido à pandemia de coronavírus perdiam força, e os parlamentares não devem se reunir novamente até o mês que vem.
No exterior, diante desse cenário, o dólar perdia força contra uma cesta de moedas. Frente a divisas emergentes, a moeda norte-americana apresentava desempenho misto.
Enquanto isso no Brasil, vários analistas citavam boatos sobre uma possível saída de Paulo Guedes do Ministério da Economia como responsável pela forte volatilidade apresentada na sessão.
Os rumores elevavam a tensão no mercado local, que já sofreu este ano devido a incertezas políticas, principalmente depois da saída de Sergio Moro -- considerado um pilar do governo Bolsonaro -- do cargo de ministro da Justiça. Em 2020, ainda em meio a um ambiente de juros extremamente baixos, o dólar acumula alta de 35% contra o real.
Na última sessão, na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 1,12%, a 5,4274 reais na venda.
Nesta segunda-feira, o Banco Central realizará leilão de até 12 mil contratos de swap cambial entre 11h30 e 11h40 e distribuídos entre os vencimentos 1º de março de 2021 e 1º de julho de 2021.
A decisão sobre a rolagem de contratos de swap cambial tradicional com vencimento em outubro foi anunciada na quarta-feira, após o BC retomar ofertas líquidas desses ativos pela primeira vez em cerca de três meses.
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“Quando a gente vê o BC entrando é para prover liquidez nos mercados”, comentou Fernanda Consorte, destacando que, “em cenário de crise, o Banco Central não consegue segurar toda essa situação, levando o dólar de 5,40 para 5 reais, por exemplo, mas consegue controlar situações muito díspares.”
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