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Resumo:As vendas de combustíveis pelas distribuidoras do Brasil tiveram nova melhora mensal em junho, mas ainda assim terminaram o primeiro semestre de 2020 com queda acumulada de 8,7% em relação a igual pe
Por Gabriel Araujo
SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de combustíveis pelas distribuidoras do Brasil tiveram nova melhora mensal em junho, mas ainda assim terminaram o primeiro semestre de 2020 com queda acumulada de 8,7% em relação a igual período do ano passado, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A comercialização total dos produtos em junho atingiu 10,2 bilhões de litros, alta de 7,17% na comparação com o mês anterior, mas queda de cerca de 8% ante mesmo mês de 2019, mostraram os dados atualizados pela agência reguladora nesta semana.
O resultado mensal é o mais alto desde março. Em abril, quando o país teve o pior resultado do ano em vendas, com 8,87 bilhões de litros, as medidas de isolamento social para contenção da Covid-19 tiveram seu ápice no país, com a restrição às circulações gerando uma derrocada no consumo de combustíveis.
Por outro lado, o dado representa o menor nível para um mês de junho desde 2010, ainda impactado pelos efeitos da pandemia.
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No semestre, as vendas totalizaram 61,6 bilhões de litros.
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Combustível mais utilizado do Brasil, o diesel registrou vendas de 4,7 bilhões de litros em junho, chegando a superar o nível de junho de 2019, segundo a ANP, que apurou altas de 7,6% ante maio e de 1% versus mesmo mês do ano passado.
No acumulado do semestre, a comercialização do diesel ainda registra queda de 2,6% no ano a ano, a 26,7 bilhões de litros.
Uma pesquisa da NTC&Logística aponta que a demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil terminou junho perto dos níveis de março, quando os primeiros efeitos econômicos mais graves da Covid-19 começaram a ser sentidos. Desde então, o índice ampliou sua recuperação e tem se aproximado ainda mais dos níveis pré-pandemia.
As vendas de gasolina também avançaram em junho ante o mês anterior, mas apresentam resultados mais tímidos que os do diesel. De acordo com a ANP, a comercialização de gasolina no Brasil somou 2,72 bilhões de litros em junho.
Em maio, as vendas foram de 2,5 bilhões de litros, enquanto em junho do ano passado totalizaram 2,95 bilhões de litros. No semestre, o levantamento da agência reguladora aponta para uma queda de 11% frente aos seis primeiros meses de 2019.
Ainda segundo a ANP, as vendas de etanol hidratado pelas distribuidoras brasileiras somaram 1,3 bilhão de litros, avanço de mais de 5% frente ao mês anterior, mas recuo de cerca de 23% no ano a ano. No semestre, a comercialização do biocombustível apurou queda de 16,7% ante o ano passado.
Mesmo assim, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) celebrou o segundo mês consecutivo com crescimento da ordem de 5% em relação ao anterior.
“Esse resultado decorre da elevada competitividade do etanol nos principais centros consumidores frente o concorrente fóssil. O consumidor mantém sua escolha por um combustível menos poluente e mais barato”, disse em nota o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.
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